0250 - Sister Kate - The Ditty Bops [2004]

Clássico do cancioneiro popular norte-americano, I Wish I Could Shimmy Like My Sister Kate (também conhecida como Sister Kate) foi publicada em 1915 pelos músicos de jazz Clarence Williams e Armand J. Piron - antes das gravações, as canções eram vendidas em livretos, com as notas e as letras. Não se sabe quem é o compositor original desse jazz de ritmo acelerado, nem o primeiro artista a gravá-lo, mas diz a lenda que Louis Armstrong seria o autor, tendo vendido para Piron publicar.

Uma das lendas do jazz que registrou Sister Kate em um disco de 78 rotações foi Bunk Johnson and his New Orleans Band, em 1947. Morto em 1949, o trompetista Johnson foi um dos músicos que inspirou Armstrong, sendo devidamente reconhecido em meados da década de 1940, época na qual historiadores de jazz se deram conta da importância do gênero musical para a cultura norte-americana.


Dentre os registros que podemos encontrar de Sister Kate, há esta versão interpretada pela atriz Betty Grable, uma espécie predecessora de Marilyn Monroe, no filme A Noiva que Não Beija (Wabash Avenue, 1950).

Depois de revirar o Google e o YouTube em busca da história por trás de Sister Kate, chega a hora de falar um pouco de The Ditty Bops, uma dupla quase desconhecida no Brasil - a não ser que você assista à série Grey's Anatomy e esteja familiarizado com a trilha sonora, que contém nada menos do que seis músicas delas. Mas não foi pela série que conheci: certa vez, estava pesquisando grupos de neo-swing, quando esse nome engraçadinho apareceu em uma lista. Fui atrás de algumas músicas e adorei.

Formada em Los Angeles por Abby DeWald e Amanda Barrett, The Ditty Bops faz um som totalmente inspirado na era de ouro da música popular americana: é uma mistura de folk com ragtime, swing e bluegrass. Não é à toa que suas músicas tenham cara de trilha sonora de filme antigo - bem mais do que de série na qual em todo episódio tem alguém chorando. É uma delícia de escutar (eu fecho os olhos e vejo uma cena romântica dos filmes de Buster Keaton, depois uma perseguição típica das películas dele). E a cover de Sister Kate é mais ou menos isso: sonoridade vintage, que dificilmente a gente imagina ter sido gravada há apenas alguns anos.


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